creak under the strain

Tony100000

Senior Member
Portuguese
Chinese hospitals creak under the strain of a huge Covid outbreak.
Alguém se lembra de uma expressão portuguesa equivalente para isto? 😅

if a system or service creaks under the strain, it cannot deal effectively with all the things it is expected to do or provide

Lembrei-me de "estar a romper pelas costuras", mas não sei se terá algo a ver efetivamente com um número de pessoas que os hospitais não aguentam.
 
  • Ou "o sistema colapsou (não suportou o estresse) diante da demanda do surto de covid".
     
    'Estar a quebrar/ceder/ sob/debaixo de/ pressão' é possível, claro. 'Estar a quebrar/quebrando' é preferível a 'quebra' quando a acção está em progresso.
     
    "Não têm mãos a medir" ou " não chegam para as encomendas" não transmitem necessariamente a ideia de uma ruptura já evidenciada, como creio ser o caso da expressão em inglês, mas em todo o caso ficam as sugestões.

    Não sendo tão "idiomática", talvez "atingiram já o ponto de saturação" consiga o efeito.
     
    Desculpem, mas ninguém diria quebra pela pressão?
    Creio que a maioria dos brasileiros entenderia, mas um sistema ou serviço dificilmente "quebra".
    Preferencialmente
    - falha,
    - colapsa,
    - cai,
    - dá pane,

    - sob pressão ou
    - mediante pressão ou
    - diante da pressão ou
    - se/quando exposto à pressão.
     
    talvez "atingiram já o ponto de saturação" consiga o efeito.
    Boa opção. Se um sistema satura sob pressão, não consegue lidar eficazmente com as demandas... etc.
    É uma solução um pouco técnica, depende do registro. No mundo da engenharia, um sistema "satura" quando por excesso de "inputs" ou de "clutter" deixa de responder a novos "inputs". Em língua leiga, um sistema "saturado" já está operando no máximo de sua capacidade e novas demandas não resultarão em resposta.
     
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    Creio que a maioria dos brasileiros entenderia, mas um sistema ou serviço dificilmente "quebra".
    Preferencialmente
    - falha,
    - colapsa,
    - cai,
    - dá pane,

    - sob pressão ou
    - mediante pressão ou
    - diante da pressão ou
    - se/quando exposto à pressão.
    No caso vertente, em Portugal também não seria a maneira de dizer mais comum. Referia-me a um uso geral. Não obstante, mesmo sendo certo que há acepções do verbo 'quebrar' que são cada vez menos usadas (ocorre-me, por exemplo, 'quebra' no sentido de falência, ainda bem vivo no espanhol), ainda subsistem algumas que aqui teriam cabimento

    verbo transitivo e intransitivo
    20. Causar ou sofrer diminuição de intensidade, força ou energia (ex.: o molhe quebrava a impetuosidade das vagas; o tenista quebrou perante o adversário; aos poucos, a voz dela foi quebrando). = ATENUAR, DIMINUIR, ENFRAQUECER
    21. [Brasil] Causar ou sofrer dano, avaria (ex.: você quebrou a impressora; o carro quebrou). = AVARIAR, DANIFICAR ≠ ARRANJAR, CONSERTAR
    "quebra", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, quebra [consultado em 16-03-2023].
     
    Sem contar a quebra da safra, a quebra do banco e a quebra dos itens perecíveis postos à venda: o feirante compra 20kg de tomates, vende 18kg e os 2kg restantes se estragam, são a quebra. É mais fácil encontrar à venda a banana prata, mais resistente, que a banana nanica, que ganha em sabor e dulçor, porque a nanica amadurece mais depressa e "quebra" muito.
     
    Em Portugal apenas a primeira dessas acepções é de uso comum e, mesmo assim, apenas no sentido de baixa, diminuição ('uma quebra nos lucros', 'uma quebra na produção/produtividade/etc.'). Os outros estão nos dicionários e, obviamente, não dão lugar a grandes interrogações, mas na fala corrente são raros. 'Quebra' de um banco ou de uma sociedade é habitualmente substituído por 'falência' e uma impressora ou um carro 'avariam'. 'Quebrariam' se se partissem fisicamente em bocados.
     
    uma impressora ou um carro 'avariam'. 'Quebrariam' se se partissem fisicamente em bocados.
    No Brasil, costumam quebrar, mesmo que não sejam fisicamente partidos. Se bem que o uso mais comum neste caso deva ser 'estragar'. Avariar… acho que é um verbo que só utilizei raríssimas vezes, embora o substantivo 'avaria' seja até bastante comum, sobretudo nalguns contextos especiais (como o de seguradoras, escritórios de engenharia e assim).
    porque a nanica amadurece mais depressa e "quebra" muito.
    Este uso me é novo, Ari. É que a banana amadurece rápido, fica com aspecto estranho e se desfaz com facilidade?
     
    No Brasil, a quebra de uma empresa, uma sociedade, um banco parece algo que ocorreu, intempestivamente, muitas vezes de forma fraudulenta. Já a falência é um processo cível/administrativo onde diversas premissas jurídicas devem ser atendidas.
    Como a maioria das empresas e todos os bancos são fraudadores, por natureza, o termo quebra é, geralmente, mais adequado.
     
    Este uso me é novo, Ari. É que a banana amadurece rápido, fica com aspecto estranho e se desfaz com facilidade?
    É isso. A laranja dá pouca "quebra", o comerciante revende (quase) tudo o que compra. O caqui dá muita "quebra", o que não for vendido em dois ou três dias estraga na prateleira e acaba jogado fora. Nesse caso, a "quebra" (substantivo) é a fração perdida, não é o prejuízo, já que a estatística permite calcular o preço de revenda considerando a "quebra". Compra-se na CEASA uma caixa de tomates (20kg) a R$80, sabendo que se perdem historicamente 20%, que acabam não vendidos. Para ter um lucro bruto de 30% sobre os R$80 investidos, o varejista precisa faturar R$104 com os 16kg vendidos. R$104/16kg=R$6,50/kg, preço ao consumidor final. Exemplo fictício e simplista.
    Não pesquisei exaustivamente os dicionários, mas creio que seja jargão.
     
    É isso. A laranja dá pouca "quebra", o comerciante revende (quase) tudo o que compra. O caqui dá muita "quebra", o que não for vendido em dois ou três dias estraga na prateleira e acaba jogado fora. Nesse caso, a "quebra" (substantivo) é a fração perdida, não é o prejuízo, já que a estatística permite calcular o preço de revenda considerando a "quebra". Compra-se na CEASA uma caixa de tomates (20kg) a R$80, sabendo que se perdem historicamente 20%, que acabam não vendidos. Para ter um lucro bruto de 30% sobre os R$80 investidos, o varejista precisa faturar R$104 com os 16kg vendidos. R$104/16kg=R$6,50/kg, preço ao consumidor final. Exemplo fictício e simplista.
    Não pesquisei exaustivamente os dicionários, mas creio que seja jargão.
    Penso que nós não usamos «a quebra» na fase da comercialização, só na produção: quebra na produção da laranja.

    (Aliás, também na comercialização mas só para quebra das / nas vendas, lucros, etc.)
     
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