Imperativo em português brasileiro

schluckauf

Member
German
Ola.

gostava de saber como se forma o imperativo em portugues do Brasil.


por exemplo, se diz:


voce: Coma o Come ?

Tenha um bom dia o tem um bom dia

abra a janela o abre a janela

Trabalhe mais rapido o trabalha mais rapido..


En estes casos também, com o mesmo significado, se podia dizer:

vai abrir a janela

Vai comer

vai trabalhar ?

obrigado pela ajuda!

schluckauf
 
  • Olá schluckauf,
    Coma:tick:
    Come:tick:
    Tenha um bom dia :tick:
    Abra a janela :tick:
    Trabalhe mais rápido
    Normalmente preferimos a 3a pessoa, mas como você pode ver acima, nem sempre. Às vezes é apenas uma questão de hábito ou de preferência pessoal.

    Nestes casos também, com o mesmo significado, se poderia dizer:
    vai abrir a janela:tick:
    Vai comer:tick:
    vai trabalhar :tick:
    Sim, e é a forma que mais usamos, muito mais do que nos primeiros exemplos lá em cima. Contudo, atenção, esta forma "vai....." é usada dentro de casa, normalmente. Imagine uma mãe dizendo pro filho: vai comer, menino! Se você disser a qualquer pessoa, indiscriminadamente: vai trabalhar, terá que aguentar as consequências. :D
     
    lol - Neste caso, dizemos apenas: Tenha um bom dia. :tick:
    Frases em que se deseja algo a alguém não se usa o " vai....". O uso restringe-se a comandos, ordens.
     
    I've also noticed that in comparison with Spanish, Portuguese is more flexible when it comes to affirmative and negative commands. For example, I've heard in television programs people say "Não faz isso comigo" as much as, if not more than "Não faça isso comigo." However, in Spanish, it is never "no haz" or "no haces," but always "no hagas." In Portugal, are negative commands as flexible as they are in Brazil?
     
    No, we use the imperative like in Spanish.

    Faz --> Não faças.
    Faça --> Não faça.
     
    Exactamente. Forma-se com as pessoas do Presente do Conjuntivo (subjuntivo) para o Imperativo negativo. Para o afirmativo as excepções são as segundas pessoas.
    P. do Conjuntivo:
    ande
    andes
    ande
    andemos
    andeis
    andem

    Imperativo:
    Negativo........ Afirmativo
    não andes...... anda (tu)
    não ande....... ande (você)
    não andemos.. andemos (nós)
    não andeis..... andai (vós)
    não andem..... andem (vocês)
     
    Chriszinho85 said:
    For example, I've heard in television programs people say "Não faz isso comigo" as much as, if not more than "Não faça isso comigo."

    Another interesting example occurs in some Northeast areas of Brazil, where people sometimes say "Faz isso comigo não..." , normallly in a suplicant tone of voice (either seriously or joking).
     
    Ai Tuxrox, você se esqueceu de Minas Gerais!:) Por aqui, vivemos dizendo isso também: Faz isso comigo, não! :(
     
    Oi de novo:

    A suguinte maneira de se exprimir chamou a minha atenção... Na oração subordinada (introduzida pela conjunção se) tem-se utilizado o pronome você; na oração principal, porém, a forma verbal utilizada corresponde à segunda pessoa singular (pronome tu)... isso é normal? Não soaria melhor utilizar o mesmo pronome nas duas orações desde que ambas as orações se referam à mesma pessoa?

    "Agora não posso dizer. Você vai saber."
    "Detesto mistérios. Diz de uma vez."
    Não posso."
    "Se você não quer, não conta."
    "Não posso."
    "Não precisa dizer."
    Do romance "A grande arte" de Rubem Fonseca

    Gonzalo
     
    Uma das coisas mais interessantes nessa variedade de formas, gramaticais ou não, de se formar o imperativo no português brasileiro é que cada uma traz uma carga emotiva diferente da outra --algumas são imperiosas, outras mostram irritação, outras são gentis, outras praticamente suplicantes, como o "faz isso não!"*

    * Cara de "faz isso não!" :D
     
    Acho este tema muuito interessante. Por que há tempos venho observando a busca de formas Não imperativas de fazer o imperativo, como se nós (achava que era coisa do Brasil), quizessemos fugir /escamotear a forma imperativa.
    Ficava me perguntando se seria uma contra-reação ao discurso autoritário que pautou nossa cultura.

    Mas estou fugindo de tema, não?
     
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