Não posso afirmar com certeza porque já não tenho mais a fonte, mas uma vez encontrei a informação de que o imperfeito do subjuntivo com “se” ter-se-ia estabelecido meio tardiamente em português e em italiano, sendo um cultismo importado do latim. Antes disso, parece-me que se usava o imperfeito tal como em francês com “se”, embora talvez não exclusivamente. Seria no século XV? Talvez. Vou tentar encontrar as fontes.
De todo o modo, no português contemporâneo é inaceitável e soa muito estranho. Além disso, o imperfeito do indicativo compete (e ganha muitas vezes) é do condicional: “eu não deixaria isso acontecer de jeito nenhum”<> “eu não deixava isso acontecer de jeito nenhum!”. Em frases encabeçadas por “se” o imperfeito pulula no Brasil, mas não na principal: “se eu fosse vocês, chegaria mais cedo” <> “se eu fosse vocês, chegava mais cedo”… além dos clássicos exemplos tanto no Brasil quanto em Portugal usando o imperfeito em declarativas simples quando se esperaria o condicional: “eu preferia que viessem ainda hoje” em vez de “preferiria” é comuníssimo no Brasil. A única diferença real entre as variantes parece ficar por conta do verbo “gostar” que nunca vai para o imperfeito no Brasil, mas em Portugal é talvez a forma mais corrente “gostaria/gostava de…”